segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Células cancerígenas


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lá pessoal, hoje vamos falar sobre as células e como as transformações delas levam ao câncer.

A divisão celular é um processo sujeito a um estreito controle, por parte dos mecanismos reguladores do organismo. No entanto, por vezes, este processo pode dar errado: algumas células não respondem aos sinais enviados pelo organismo para pararem de se dividir, prosseguindo a sua multiplicação. Estas células "anómalas" designam-se por células cancerígenas. Os mecanismos de autodefesa do organismo, como o sistema imunitário, habitualmente destroem estas células. Quando isso não acontece, as células cancerígenas "escapam", continuando a desenvolver-se, formando um tumor.

 


Existem dois tipos de tumor: os benignos e os malignos.

·         Os tumores benignos são menos preocupantes porque se restringem a uma área do organismo.

·         Os tumores malignos podem "espalhar-se" ou disseminar-se para outros tecidos e órgãos, o que dificulta o seu tratamento.

 

Os fatores de risco ambientais de câncer são denominados cancerígenos ou carcinógenos (que causam o câncer ou podem causar câncer). Esses fatores atuam alterando a estrutura genética (DNA) das células.

            As células alteradas passam a se comportar de maneira anormal. Multiplicam-se de maneira descontrolada, mais rapidamente do que as células normais do tecido a sua volta, invadindo-o. O acúmulo dessas células formam os tumores malignos.

            Invadem inicialmente os tecidos vizinhos, podendo chegar ao interior de um vaso sanguíneo ou linfático e, através destes, disseminar-se, chegando a órgãos distantes do local onde o tumor se iniciou, formando as metástases. Dependendo do tipo da célula do tumor, alguns oferecem metástases mais rápidas e mais precocemente, enquanto outros o fazem bem lentamente ou até não o fazem.

            As células cancerosas são, geralmente, menos especializadas nas suas funções do que as suas correspondentes normais. Conforme as células cancerosas vão substituindo as normais, os tecidos invadidos vão perdendo suas funções.

            Os carcinomas são tumores malignos que se originam nas células epiteliais de revestimento ou em epitélio de padrão glandular (adenocarcinoma) com forte tendência a invadir tecidos vizinhos. São os mais comuns entre todos os tipos, compreendendo, por exemplo, o câncer da mama, do pulmão, da bexiga, da próstata, da pele, do estômago, do ovário e do pâncreas, entre outros.

Os sarcomas são tumores malignos que derivam de células do Mesênquima[LPM1]  e que não derivam de tecido hematopoiético (sanguíneo). Incluem o câncer dos músculos, ossos, tendões, gordura, cartilagens e tecido conjuntivo. Ocorrem mais frequentemente em crianças e adolescentes.

As leucemias são tumores malignos que derivam do Mesênquima, como os anteriores, mas de células hematopoiéticas (percursoras dos elementos do sangue) e caracterizados pelo acúmulo de células “anormais”, malignas, na medula óssea. Aos poucos, estas células substituem as células normais do sangue, prejudicando a produção de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Alguns exemplos mais comuns são: leucemia linfoide aguda ou linfoblástica, leucemia mieloide crônica e leucemia linfocítica crônica.

Os linfomas são tumores malignos do sistema linfático, podendo originar-se de qualquer dos tecidos linfoides como, por exemplo, as linfonodos ou gânglios. Podem ser classificados em dois grupos principais: o linfoma de Hodgkin e o linfoma não-Hodgkin. O linfoma não-Hodgkin é cerca de cinco vezes mais comum, e diferem quanto ao tipo de disseminação e aos grupos de gânglios afetados. O compromisso extra nodal é muito mais comum nos linfomas não-Hodgkin.

          

 

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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Entrevista com a pesquisadora Letícia da Conceição Braga


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lá pessoal, hoje vamos conversar com a pesquisadora Letícia Braga, 45 anos, pesquisadora visitante da Faculdade de Medicina da UFMG trabalhando em colaboração com o serviço de Biologa Celular da Fundação Ezequiel Dias (Funed).

Formada em Biologia, com mestrado em Genética e doutorado em Ciências da Saúde, com ênfase em Oncologia Experimental, Letícia possui um projeto sobre marcadores moleculares em câncer de ovário.

Ela explica que o “câncer de ovário é uma doença extremamente insidiosa, ou seja, uma doença difícil de diagnosticar e de tratar. Então, muitas vezes, o diagnóstico acaba sendo feito tardiamente e quando a doença é detectada, a paciente já esta no estado de metástase, em que a doença já se espalhou pelo organismo. Na hora do tratamento, essas pacientes acabam não respondendo bem ao tratamento convencional oferecido atualmente, resultando em uma baixa expectativa de vida. Em torno de 70% dessas mulheres tem recidiva e sobrevida em torno de 18 a 24 meses. Estudamos marcadores genéticos que possam predizer este curso da doença da paciente, marcadores que possam facilitar ao médico entender como essa paciente deve progredir ao longo do seu tratamento. Com isso, ele pode adotar medidas terapêuticas que sejam mais eficientes de acordo com o perfil genético dessa mulher”.

            Fizemos algumas perguntinhas:

·         Por que você escolheu esta área?

“Eu sempre quis, desde o ensino médio, estudar Genética. Eu sabia que genética era o que eu queria para a minha vida. Ao longo dos anos, a gente vai percebendo que se queremos contribuir de alguma forma para o avanço da ciência, e no avanço dos tratamentos, no meu caso para o avanço do tratamento do câncer de ovário, uma forma é o conhecimento do perfil genético delas. Então, isso me fez empenhar mais por essa área e hoje eu sou uma apaixonada por ela”.

·         Por que você acha importante o projeto que desenvolve?

 

“Porque sem o conhecimento do perfil genético do paciente não adianta ficar testando drogas. A gente sempre vai tratar uma doença difícil sem saber como essa doença reage. Com o perfil genético dos pacientes determinados, nós podemos saber antes se a paciente vai responder ao tratamento indicado, se ela vai ter um efeito adverso ao uso da droga, ou se ela deveria usar outro tipo de tratamento mais assertivo”.

 

·         Você acha que vai deixar alguma contribuição para sociedade?

 

“A gente sempre espera que trabalhando com a ciência, vamos deixar uma contribuição para sociedade. Como temos três patentes que descrevem esses marcadores, e estamos trabalhando na validação clínica desses marcadores, cada vez mais eu enxergo a possibilidade de que essas patentes possam vir a ser um exame. Na OncoTag, que é uma startup em que eu e algumas pesquisadoras somos sócias, está trabalhando para oferecer esse exame genético para as mulheres com câncer de ovário e essa seria minha verdadeira contribuição, não só para a ciência mas para as mulheres de uma maneira geral”.

 

·         Quais experiências você teve nessa área?

 

“Eu trabalho com genética desde 1996, comçei com marcadores genéticos em helicobacter pylori  que estaria relacionados ao desenvolvimento de câncer gástrico. Esta foi minha primeira experiência. Outra experiência interessante que eu tive no mestrado foi com marcadores genéticos de resistência a drogas contra Stafilococcus aureus. . Estudei marcadores genéticos que estariam ligados a resistência, e como nós poderíamos utilizá-los para reverter essa resistência. Depois, em 2006, comecei a trabalhar com a saúde da mulher, com câncer ginecológico, e desde então venho estudando marcadores genéticos em câncer de ovário, que é minha principal linha de pesquisa.”

 

·         Qual a relação do seu projeto com o tema abordado no nosso blog?

 

“Os marcadores genéticos são parte do núcleo, o que nós fazemos é uma investigação do DNA que está dentro do núcleo da célula. Como vocês estão com um blog que divulga as células e os avanços que têm ocorido em relação a células, nada mais coerente do que começarmos entendendo o núcleo, que comanda e coordena todas as atividades celulares.”

 

Letícia agradece a oportunidade de ser entrevistada por nosso blog!

            Espero que vocês tenham gostado de conhecer mais uma pesquisadora que trabalha na Funed. Em breve teremos outras entrevistas.

Fique ligado no nosso blog.

 

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Genes


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lá pessoal, hoje vou falar pra vocês sobre genes.

·         Más o que são os genes?

O gene é uma sequência de nucleotídeos do DNA que pode ser transcrita em uma versão de RNA, e consequentemente como uma proteína.

·         E qual a função do gene?

Os genes controlam as estruturas e as funções metabólicas das células, e também todo o organismo.

Os genes podem ser localizados nas células reprodutivas, elas passam sua informação genética para sua próxima geração.

·         Onde o gene se localiza?

O gene normalmente é localizado intercalado com as sequências de DNA (como vemos na figura acima) não codificados por proteína.

·         O que a alteração no número de genes provoca?

A disposição dos genes pode resultar em mutações genéticas. E quando ocorrem mutações nas células germinativas – o óvulo e o espermatozoide – elas podem ser passadas para as gerações futuras. E essas mutações podem causar certos tipos de câncer.

·         Como é classificado o conjunto de genes?
O conjunto completo de genes e conhecido como genoma.
·         O que é o Projeto Genoma Humano (PGH)?
O projeto tem como objetivo o mapeamento do genoma humano, e a identificação de todos os nucleotídeos que o compõe. Centenas de laboratórios de todo o mundo se juntaram para sequenciar, um a um, os genes que codificam o corpo humano.
·         Como se sequencia um gene
Para o sequenciamento de um gene, é necessário que ele seja antes amplificado, numa reação de cadeia de polimerase, e então clonado em bactérias. Após a obtenção de quantidade suficiente de DNA, executa-se uma nova reação em cadeia (PCR), desta vez utilizando didesoxirribonucleotídeos marcados com fluoróforos para a determinação da sequência.
            Então pessoal, espero que tenham gostado de conhecer um pouco mais sobre os genes. Voltem sempre ao nosso blog.


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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Curiosidades sobre as células


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lá pessoal, hoje vou contar para vocês algumas curiosidades sobre as células.
Você sabia que:

·         Existem mais de 200 tipos diferentes de células no nosso corpo, dentre elas células cerebrais, células de gordura, células nervosas, células do musculo cardíaco, glóbulos vermelhos e muitas outras.




·         Uma célula tem a massa de cerca de um nanograma e todas as células do corpo humano reunidas pesam cerca de 2kg.

·         A maior célula do corpo humano é o óvulo, medindo cerca de 0,12mm e ela pode ser visualizada a olho nu.

·    O espermatozoide é a menor célula humana, medindo cerca de 60 µm.    





·         O corpo humano tem cerca de 340 trilhões de células.

·         O tempo de vida de uma célula varia de acordo com a espécie, algumas células podem viver alguns dias, outras podem acompanhar o individuo por toda a vida.


·         As células são divididas em dois grupos, os eucariontes e o procarionte.

·         As células foram descobertas em 1665 pelo inglês Robert Hooke.



·         O sangue humano é composto por 34% das células.



·         As células em maior quantidade no nosso corpo são as células epiteliais, aquelas que envolvem o corpo e os órgãos.



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sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Nobel de Medicina


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lá pessoal, hoje vamos falar sobre o Nobel de Medicina, anunciado no dia 3 de outubro de 2016. O japonês Yoshinori Ohsumi levou o prêmio pela pesquisa a autofagia celular. Ohsumi nasceu dia 9 de fevereiro de 1945, em Fukuoka, no Japão e é um pesquisador do Instituto de Tecnologia de Tóquio.
            Segundo o comitê do Nobel, "mutações nos genes ligados à autofagia podem causar doenças e o processo autofágico está envolvido em várias enfermidades, incluindo o câncer e doenças neurológicas”.
            A palavra autofagia é proveniente do grego, significa "comer a si mesmo". Este conceito surgiu na década de 60, quando os cientistas observaram pela primeira vez que as células podiam destruir seu próprio conteúdo, envolvendo-o em membranas e formando vesículas que são transportadas para degradação a um compartimento de "reciclagem", chamado lisossomo.
O cientista Ohsumi induziu, por meio de substâncias químicas, mutações em diversos genes para verificar se as mudanças afetavam o processo de autofagia nas células de levedura. Em um ano, ele havia identificado os primeiros genes ligados à autofagia. Isso permitiu que ele identificasse as proteínas envolvidas nesse processo de autodigestão da célula e compreendesse a fundo esse mecanismo. Ao todo, Ohsumi identificou 15 genes essenciais para a autofagia.
Os resultados foram impressionantes, em algumas horas os vacúolos se encheram com pequenas vesículas que não haviam sido degradadas. Essas vesículas eram autofagossomos e o experimento provava que a autofagia existe mesmo nas células de levedura. Mas o mais importante é que Ohsumi havia descoberto um novo método para identificar e caracterizar genes fundamentais para esse processo, abrindo caminho para inúmeras pesquisas. Os resultados do experimento foram publicados em 1992.
O japonês expôs as células de leveduras a compostos químicos que provocam mutações em vários genes e, em seguida, as induziu à autofagia. A estratégia funcionou um ano depois de sua descoberta da autofagia nas leveduras e o cientista identificou os primeiros genes essenciais para o processo.
Depois de uma infecção, a autofagia pode eliminar bactérias e vírus que invadem as células, segundo o Instituto Karolinska: “A autofagia também contribui para o desenvolvimento dos embriões e para a diferenciação celular”. As células também usam a autofagia para eliminar proteínas e organelas danificadas.
É isso por hoje pessoal. Visitem sempre nosso blog.

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Estadão
Globo

Partes das células e suas funções



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lá pessoal, hoje vou falar um pouco mais sobre as células. Vamos apresentar as partes das células e as suas funções.
            Primeiramente, vamos falar da membrana plasmática, também conhecida como membrana celular ou membrana citoplasmática. Todas as células procariontes ou eucariontes contém a membrana plasmática. A membrana plasmática mede cerca de 6 a 9 nm, o que indica que até mesmo em alguns microscópios, não é possível torna-la visível. Nos microscópios eletrônicos ela e marcada por uma linha que delimita o contorno da célula. Os componentes da membrana plasmática mais abundantes são: fosfolipídios, colesterol e proteínas.
            Os fosfolipídios têm a função de manter a estrutura da membrana, e as proteínas têm diversas funções e atuam principalmente nos mecanismos de transportes. A membrana plasmática de um eucariócito contém grande quantidade de colesterol.
            Agora, vamos falar um pouco sobre o citoplasma, também conhecido como hialoplasma, que é a porção existente entre o núcleo e a membrana celular. Nos seres eucariontes, o interior de uma célula é preenchido por um fluído, homogêneo e viscoso, no qual se encontra o núcleo. Esse fluído recebeu o nome de citoplasma. Além de fluídos, o citoplasma contém bolsas e canais membranosos e organelas citoplasmáticas, que desempenham funções específicas no metabolismo da célula eucarionte.
            O fluido citoplasmático e constituído por: água, proteínas, sais minerais e açucares. No citosol ocorre a maioria das reações químicas e onde muitas substâncias de reservas das células ficam armazenadas.
            Há também as organelas citoplasmáticas, em que são inseridas: mitocôndrias, retículo endoplasmático, lisossomos, peroxissomos, vacúolos e o complexo de Golgi.
            E por fim o núcleo, que é uma estrutura presente nos seres eucariontes, sendo a principal característica que difere das células procariontes – que tem o material genético nucleóide.
            Na região nuclear, estão presentes as informações genéticas que condenam e comandam as funções celulares, e o arquivo das informações hereditárias, que a célula transmite às suas filhas ao se reproduzir.
            O núcleo apresenta um limite bem definido, devido à presença de carioteca ou membrana celular. A maior parte do volume nuclear e ocupado por uma massa chamada cromatina.
            A cromatina é um conjunto de fios, cada um deles formada por uma molécula de DNA. Esses fios são os cromossomos.
            A eucromatina se refere a um local do DNA, onde os genes estão ativos e auxiliam na síntese de RNA. Ela está desenrolada e o material genético consegue ter muito contato com as enzimas.
            E é isso por hoje pessoal, espero que tenham descoberto coisas interessantes aqui. Continuem visitando nosso blog.

Saiba mais:
Núcleo celular