sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Carnaval


O
lá pessoal! Está chegando o carnaval, recheado de diversão, dança, folia e muito mais.

E com o carnaval devemos tomar alguns cuidados, principalmente ao nos relacionarmos sexualmente com outras pessoas. Muitas pessoas sabem que essa é a época do ano em que mais se ouve falar de medidas preventivas, na TV, jornais e etc. E, mesmo assim, o número de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) e gravidez não planejada, principalmente entre os jovens, é muito grande.

            Em 2015, o Brasil bateu o recorde no índice de pessoas com HIV e Aids. Segundo os dados do IST Aids – hepatites virais, cerca de 81 mil brasileiros começaram a se tratar contra essas doenças, um amento de 13% em relação ao ano de 2014.

            Em 2016, o slogan do carnaval foi “Deixe a camisinha entrar na festa”.




Mas, porque é importante o uso de camisinhas?

A camisinha é o único método contraceptivo que previne a contaminação por infecções sexualmente transmissíveis.

É um dos métodos contraceptivos mais eficientes, pois apresenta uma taxa de 90-95% de eficácia na prevenção da transmissão de IST´s e gravidez.

            E o que são IST’s?

IST’s (Infecções sexualmente transmissíveis)

IST’S são infecções causadas por vírus ou bactérias ou outros micróbios,  transmitidas, principalmente, através das relações sexuais sem o uso de preservativos, com uma pessoa que esteja infectada.

Alguns exemplos de IST’s:

 -Hepatite viral;

-Tricomoníase;

-Herpes Genital;

-Aids;

-Papilomavírus Humano – HPV;

-Gonorreia;

-Sífilis;

            A camisinha não ajuda somente na prevenção de doenças. Ela previne, também, a gravidez precoce e indesejada. Uma gravidez precoce e inesperada pode atrapalhar os planos de muitos jovens no país, pois terão de lidar de maneira prematura com a responsabilidade de criar e educar uma criança, quando eles mesmos ainda estão em fase de amadurecimento.

            De acordo com o Ministério da Saúde, em cada dez mulheres grávidas, duas são adolescentes.

            Então, como diz o ditado: “É melhor prevenir do que remediar”.



            Então é isso pessoal! Que vocês possam aproveitar o carnaval com bastante responsabilidade e não se esqueçam de usar a camisinha!
 

Saiba mais em:
AIDS gov

Gineco

M de Mulher
 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Matheus & Laurence


O

lá pessoal, hoje trouxe uma entrevista um pouco diferente, uma entrevista dupla.

Entrevistamos:

Matheus de Souza Gomes, 35 anos, graduado em farmácia, mestre e doutor em Biologia Molecular. E Laurence Rodrigues do Amaral, 38 anos, graduado, mestre e doutor em Ciência da Computação. Ambos trabalham no Laboratório de Bioinformática e Análises Moleculares e são pesquisadores e docentes da Universidade Federal de Uberlândia-UFU.

Área de atuação:

Matheus: Bioquímica, biologia molecular e bioinformática, as linhas de pesquisas variam desde a analise genômica da presença de microRNA’s e seus precursores em genomas de plantas e animas, anotações desses genes avaliando a expressão tanto ao nível de precursor quanto de maduro, avaliação de presença de microRNA’s em sequenciamento de nova geração. Geração de algoritmos computacionais para a predição de genes.

Laurence: É cientista de computação, e trabalha na área de inteligência artificial, mas precisamente na área de algoritmos genéticos, aprendizado de máquinas, na área de bioinformática, dentro desta fornece todo o aparato, todo suporte computacional para as análises que o professor Matheus necessita. Trabalhamos com grandes computadores, com clusters de computadores, com computação paralela, computação distribuída, banco de dados e mais uma série de outras áreas relativas à área de computação.

1-    Por que vocês escolheram essa área de atuação?

Matheus: Na verdade eu fui apresentado para a bioinformática em 2004, e desde então eu achei uma área interessante e desafiadora. É uma área que eu consigo ver uma resposta rápida, que é carente de profissionais. Essa área permite uma riqueza de informações muito grande e com uma importância na pesquisa muito grande também, gerando um impacto prático no que a gente faz na pesquisa. A bioinformática é uma área nova, porém muito desafiadora.

Laurence: Eu concordo com o professor Matheus, eu acho que uma das coisas que mais movem a bioinformática é o desafio constante no qual você é apresentado todos os dias. Você vai trabalhar todos os dias, com coisas diferentes, com desafios diferentes. Em minha opinião, o melhor de tudo é que aquele resultado que você tem, você consegue enxergá-lo voltando para a sociedade. Conseguimos encontrar coisas que seriam manualmente impossíveis de serem obtidas e aquilo reflete em produção cientifica, e também em retorno à sociedade. Conseguimos encontrar coisas que ajudam no tratamento de doenças, na busca de alimentos mais saudáveis e ricos.


2-    Por que vocês acham importantes os projetos que desenvolvem?

Matheus: Primeiramente o projeto tem como objetivo trazer algo novo para a ciência, se possível para a sociedade em termos práticos, mas também tem o intuito de formar alunos, levar conhecimento para alunos de graduação na parte de pesquisa, iniciação de pesquisa na ciência e geração de conhecimento para ser utilizado por outros pesquisadores na publicação de artigos, sendo citados, e etc.

Laurence: Em minha opinião, além disso, você ainda tem o viés da nossa sociedade da era da informação, nos conseguimos gerar conhecimento, motivar nossos alunos a utilizarem plataformas digitais na geração desse conhecimento é algo atrativo, que chama atenção, algo desafiador bem diferente de outras áreas que você tem uma forma linear de trabalhar. Os nossos desafios jamais são lineares em cada dia nos temos um desafio diferente, somos desafiados a fazer coisas melhores, que funcionem mais rápido e que obtenha um resultado com uma maior eficiência.
 

3-    Quais as melhores descobertas que vocês tiveram?

Matheus: Na verdade eu não digo “melhores” porque eu acho que toda descoberta tem o seu espaço reservado, mas atualmente a busca e a mineração de dados  tem nos trazido respostas muito interessantes em relação a biologia. Não só a biologia, mas também na área da saúde, na área medica com a busca por biomarcadores, na busca pela presença de genes em genomas. Acho que esses dois enfoques são os que têm mais impacto na nossa pesquisa, a busca por biomarcadores e a identificação de genes em genomas.

Laurence: Além disso, conseguimos, utilizando essas ferramentas de mineração de dados, trabalhar em prol da pesquisa de doenças como câncer, doenças negligenciadas, ajudando os pesquisadores a aumentar a velocidade das suas pesquisas, a quantificar o que aquela descoberta pode trazer para toda a sociedade, não só cientificamente, mas também de uma forma geral.
 

4-    Em relação à inovação vocês têm alguma patente ou texto cientifico?

Matheus: Tenho sete patentes, minha participação nas patentes foi voltada para a utilização dos dados biológicos, e através desse dado biológico adicionar um viés computacional, adicionar a bioinformática para auxiliar na busca por respostas biológicas. A bioinformática é o motor da inovação hoje na biologia, na biotecnologia e na área da saúde, essa geração de conhecimento acima do conhecimento às vezes não gera patente, mas gera um conhecimento que vai ser utilizado para poder produzir uma patente posteriormente.

Laurence: Dessas sete eu trabalhei em três, foi algo novo para mim, foi muito interessante, muito legal criar algo que pode vir a virar um produto, um produto que possa chegar para todos.
 

5-    Como vocês veem o empoderamento feminino na ciência?

Matheus: A nossa área tem muita mulher, e eu falo muita mulher em relação às outras áreas, e a capacidade da mulher é a mesma do homem. Eu acho que na ciência não existe uma distinção, principalmente por que quando você escreve um artigo você cita o sobrenome, e o sobrenome é sem gênero você não sabe o primeiro nome, você só sabe o último. Não consigo mensurar e colocar em uma balança quem é melhor, pra mim os dois são. Eu acho que a colaboração vai da capacidade da pessoa e da vontade de querer aprender, a nossa área é um pouco diferente, nossa área tem um público feminino bem presente, vou dar o exemplo do meu instituto, lá são quatro homens e seis mulheres, todos pesquisadores. Tem mais mulheres e se me perguntar quem são os melhores se são homens ou mulheres, para mim é igual acho que cada um tem o seu papel na sua área, eu não consigo visualizar alguma diferença, mas eu sinto na ciência em geral que a mulher tem uma menor participação.

Laurence: Eu compartilho da opinião do professor Matheus.


Então essa foi nossa entrevista, espero que tenham gostado de conhecer um pouco mais do trabalho dessa incrível dupla.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Entrevista da Cristhiane



O
lá pessoal, hoje vou falar de mais uma das bolsistas de iniciação cientifica da Fundação Ezequiel Dias – Funed, Cristhiane Oliveira da Fonseca, 21 anos, cursando o 6° período de Ciências Biológicas no Centro Universitário UNA.

O projeto do qual Cristhiane faz parte se chama “Cultura de células de tecidos de Biompharia tenagophila como ferramenta no estudo das interações parasita-hospedeiro invertebrado em Esquistossomose”.

O projeto consiste em cultivar o tecido de Biompharia tenagophila, para entender a interação entre o molusco do gênero Biompharia tenagophila e o agente etiológico da esquistossomose que é o Shistosoma mansoni, e tentar elucidar, com o cultivo celular, como ocorre tal interação, visando uma ferramenta para o controle da esquistossomose.

Fizemos algumas perguntinhas:

·         Porque você escolheu essa área?

Desde pequena sempre gostei muito de planta e de animais, sempre tive muita interação com eles, e a medida que fui crescendo e fui chegando ao ensino médio, percebi que  criei uma afinidade um pouco maior com a área da saúde. Então minha vontade era encontrar alguma cura ou controlar alguma doença. E juntando a minha afinidade com plantas, animais e a área da saúde,  escolhi o curso de Ciências Biológicas.

 

·         Porque você acha importante o projeto que você desenvolve?

Porque o projeto desenvolvido aqui envolve o estudo das interações do Shistosoma mansoni -agente etiológico da esquistossomose e os moluscos do gênero Biompharia tenagophila, hospedeiro invertebrado da doença. Elucidar esse mecanismo criando linhagens celulares imortalizadas derivadas de moluscos é algo de caráter inovador e com grande potencial biotecnológico.

 

·         Você acha que vai deixar uma contribuição para sociedade?

Sim! Com a criação do modelo de estudo in vitro das interações parasita-hospedeiro invertebrado, será de grande auxilio na criação de uma ferramenta para o controle e ate mesmo erradicação da esquistossomose.

 

·         Quais experiências você teve nessa área?

Aqui no laboratório de biologia celular tive várias experiências, tive um treinamento em técnicas de cultivo celular, utilizei células CHO (ovário de hamster chinês), que envolveu toda a rotina de manutenção, descongelamento de células, testes microbiológicos, congelamento celular e definição da viabilidade celular. Também tive prática na rotina do laboratório, aprendi a utilizar os equipamentos, preparar reagentes dentre ouras coisas. E também no setor de lavagem e esterilização, lavagem, embalagem, esterilização e secagem dos materiais usados no laboratório.  Outra experiência que eu obtive também foi a criação de colônias de caramujo, onde eu mantenho e alimento os animais, tendo uma rotina de cuidado com eles.

 

·         Qual a relação do seu projeto com o tema do blog?

O projeto consiste no cultivo da célula do caramujo, mantendo elas in vitro.O Mundo das Células é um mundo para ser muito explorado, então acredito que essa seja a relação do meu trabalho com o blog.

 

Então pessoal, hoje vimos um trabalho um pouco diferente utilizando a células com caramujo.Espero que vocês tenho gostado do trabalho da Cristhiane, continue acessando o nosso blog e compartilhe com seus amigos!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Entrevista com a Sophie


O
lá pessoal! Hoje vou trazer mais uma entrevistada para nosso blog. Sophie Yvette Leclercq, 46 anos, é bióloga com mestrado em bioquímica e doutorado em imunologia.

Seus projetos na Funed tem foco nas doenças infecciosas seja por parasitas, vírus ou bactérias. Atualmente ela tem um projeto contra parasitas para testar a atividade antiparasitária e um projeto de vacina contra estafilococos.

Fizemos algumas perguntinhas:

  • Por que você escolheu essa área de atuação?

 Eu escolhi essa área, pois eu gosto de microbiologia, as doenças infecciosas afetam muitas crianças, idosos e pessoas mais necessitadas, mas tem muitas formas de prevenção por isso a importância do estudo delas.

  • Por que você acha importante os projetos que desenvolve aqui?

 Acho importante nesse sentido, mas prefiro trabalhar com a prevenção. Eu trabalhava na área da vacina e mudei nos últimos tempos, mas acho que é sempre melhor prevenir do que remediar.

  • Quais as suas melhores experiências nessa área?

 A experiência mais interessante que eu tive nessa área foi quando eu trabalhei na produção do soro antirrábico. O vírus da raiva também é uma doença infecciosa e aqui na Funed é produzido o soro para o  tratamento da doença. Então eu atuei para melhorar alguns processos na produção do soro aqui na pesquisa, e a parte que eu achei bem interessante é que eu sei que tinha um retorno direto para a instituição e para o Ministério da Saúde.

  • Em relação à inovação, você tem alguma patente ou texto científico?

 Tenho uma patente em relação ao trabalho desenvolvido com soro antirrábico e várias publicações na área. O título da patente foi "Formulação adjuvante para a imunização dos equinos e produção do soro antirrábico”.

  • Você acha que contribui para o empoderamento feminino na ciência? Por quê?

 Não especialmente. Não mais do que qualquer outra mulher que eu conheça nessa área.

  • Você acha que vai deixar alguma contribuição para a sociedade?

   Eu ainda não sei, por enquanto eu não acho que deixei muito. Talvez eu deixe algo até o final da minha carreira, mas eu contribui para a formação de alunos, contribui com alguns conhecimentos da ciência, eu não deixei nada de grande destaque comparado a algumas pessoas que atuam na mesma área e na mesma instituição.

           

            Então pessoal espero que tenham gostado da Sophie, continue acessando o nosso blog e compartilhe com seus amigos.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Genes alelos


O

lá pessoal, hoje vou falar sobre genes alelos.

Os genes alelos são segmentos de DNA, constituídos de pares. Um deles vem da mãe e outro do pai, no qual se encontra no lócus (lugar específico em que um gene se localiza no cromossomo humano).

            Os genes alelos são classificados em dois tipos: genes alelos recessivos e genes alelos dominantes.

            Os genes alelos recessivos são representados por letras minúsculas como, por exemplo: aa, bb, vv. Nele os fenótipos são expressos em homozigose (alelos que codificam uma característica igual).

Algumas caraterísticas dos genes alelos recessivos são: nariz reto, lábios finos, cabelo loiro ou ruivo e tipo sanguíneo negativo.

Algumas doenças relacionados aos genes alelos recessivos são: miopia, albinismo, daltonismo e hemofilia.

            Os genes alelos dominantes são representados por letras maiúsculas como, por exemplo: AA, BB, VV. Nele os fenótipos são expressos em heterozigose (alelos diferentes para um determinado gene).

 

            Os genes alelos dominantes são aqueles que determinam uma característica hereditária mesmo quando em dose simples nos genótipos.

            Algumas caraterísticas dos genes alelos dominantes são: nariz aquilino, lábios grossos, cabelo escuro e olhos escuros. Além disso, mais de um par de alelos podem interferir em uma mesma característica, como é o caso da cor dos olhos. Vamos imaginar que os alelos A/a e V/v, descritos na figura acima, determinam a coloração dos olhos dos seguindo o modelo da tabela a seguir:


 
 
Alelos de origem materna
 
 
AV
Av
aV
av
Alelos de origem paterna
AV
AAVV
Castanho
AAVv
Castanho
AaVV
Castanho
AaVv
Castanho
Av
AAVv
Castanho
AAvv Castanho
AaVv
Castanho
Aavv
Castanho
aV
AAVv
Castanho
AaVv
Castanho
aaVV
verde
aaVv
Verde
av
AaVv
Castanho
Aavv
Castanho
aaVv
verde
aavv
Azul

 

Assim, sabendo o filho herdará um dos alelos A/a e V/v de sua mãe e de seu pai, podemos supor, de forma aproximada, quais as chances do bebê nascer com os olhos castanhos, verdes ou azuis.



Fonte: Revista Saúde (http://www.imgrum.net/media/1286244079751845213_1495507762)


Uma animação bem legal sobre o assunto está no link a seguir:


Algumas doenças relacionadas aos genes alelos dominantes: Polidactilia, Doença de Huntington e Doença de von Hippel.

Então pessoal é isso por hoje, espero que tenham gostado de saber um pouco mais sobre os genes, continuem acessando o nosso blog!