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lá
pessoal, hoje vamos falar sobre o Nobel de Medicina, anunciado no dia 3 de
outubro de 2016. O japonês Yoshinori Ohsumi levou o prêmio pela pesquisa a autofagia
celular. Ohsumi nasceu dia 9 de fevereiro de 1945, em Fukuoka, no Japão
e é um pesquisador do Instituto de Tecnologia de Tóquio.
Segundo o comitê do Nobel,
"mutações nos genes ligados à autofagia podem causar doenças e o processo
autofágico está envolvido em várias enfermidades, incluindo o câncer e doenças
neurológicas”.
A palavra autofagia é proveniente do
grego, significa "comer a si mesmo". Este conceito surgiu na década
de 60, quando os cientistas observaram pela primeira vez que as células podiam
destruir seu próprio conteúdo, envolvendo-o em membranas e formando vesículas
que são transportadas para degradação a um compartimento de
"reciclagem", chamado lisossomo.
O cientista Ohsumi induziu, por meio de substâncias químicas, mutações em
diversos genes para verificar se as mudanças afetavam o processo de autofagia
nas células de levedura. Em um ano, ele havia
identificado os primeiros genes ligados à autofagia. Isso permitiu que ele
identificasse as proteínas envolvidas nesse processo de autodigestão da célula e compreendesse a fundo esse mecanismo. Ao
todo, Ohsumi identificou 15 genes essenciais para a autofagia.
Os
resultados foram impressionantes, em algumas horas os vacúolos se encheram com
pequenas vesículas que não haviam sido degradadas. Essas vesículas eram autofagossomos
e o experimento provava que a autofagia existe mesmo nas células
de levedura. Mas o mais importante é que Ohsumi havia descoberto um novo
método para identificar e caracterizar genes fundamentais para esse processo,
abrindo caminho para inúmeras pesquisas. Os resultados do experimento foram
publicados em 1992.
O
japonês expôs as células de leveduras a
compostos químicos que provocam mutações em vários genes e, em seguida, as
induziu à autofagia.
A estratégia funcionou um ano depois de sua descoberta da autofagia nas
leveduras e o cientista identificou os primeiros genes essenciais para o processo.
Depois
de uma infecção, a autofagia pode eliminar bactérias e vírus que invadem as células, segundo o Instituto Karolinska: “A autofagia
também contribui para o desenvolvimento dos embriões e para a diferenciação
celular”. As células também usam a autofagia
para eliminar proteínas e organelas danificadas.
É
isso por hoje pessoal. Visitem sempre nosso blog.
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