sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Nobel de Medicina


O
lá pessoal, hoje vamos falar sobre o Nobel de Medicina, anunciado no dia 3 de outubro de 2016. O japonês Yoshinori Ohsumi levou o prêmio pela pesquisa a autofagia celular. Ohsumi nasceu dia 9 de fevereiro de 1945, em Fukuoka, no Japão e é um pesquisador do Instituto de Tecnologia de Tóquio.
            Segundo o comitê do Nobel, "mutações nos genes ligados à autofagia podem causar doenças e o processo autofágico está envolvido em várias enfermidades, incluindo o câncer e doenças neurológicas”.
            A palavra autofagia é proveniente do grego, significa "comer a si mesmo". Este conceito surgiu na década de 60, quando os cientistas observaram pela primeira vez que as células podiam destruir seu próprio conteúdo, envolvendo-o em membranas e formando vesículas que são transportadas para degradação a um compartimento de "reciclagem", chamado lisossomo.
O cientista Ohsumi induziu, por meio de substâncias químicas, mutações em diversos genes para verificar se as mudanças afetavam o processo de autofagia nas células de levedura. Em um ano, ele havia identificado os primeiros genes ligados à autofagia. Isso permitiu que ele identificasse as proteínas envolvidas nesse processo de autodigestão da célula e compreendesse a fundo esse mecanismo. Ao todo, Ohsumi identificou 15 genes essenciais para a autofagia.
Os resultados foram impressionantes, em algumas horas os vacúolos se encheram com pequenas vesículas que não haviam sido degradadas. Essas vesículas eram autofagossomos e o experimento provava que a autofagia existe mesmo nas células de levedura. Mas o mais importante é que Ohsumi havia descoberto um novo método para identificar e caracterizar genes fundamentais para esse processo, abrindo caminho para inúmeras pesquisas. Os resultados do experimento foram publicados em 1992.
O japonês expôs as células de leveduras a compostos químicos que provocam mutações em vários genes e, em seguida, as induziu à autofagia. A estratégia funcionou um ano depois de sua descoberta da autofagia nas leveduras e o cientista identificou os primeiros genes essenciais para o processo.
Depois de uma infecção, a autofagia pode eliminar bactérias e vírus que invadem as células, segundo o Instituto Karolinska: “A autofagia também contribui para o desenvolvimento dos embriões e para a diferenciação celular”. As células também usam a autofagia para eliminar proteínas e organelas danificadas.
É isso por hoje pessoal. Visitem sempre nosso blog.

Saiba mais em:
Estadão
Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário