segunda-feira, 18 de junho de 2018

Entrevista com o Dr.Sérgio Caldas


Olá galera, Tudo bem? Hoje vamos trazer mais uma entrevista para o Blog, Doutor Sérgio Caldas, chefe do Serviço de Biotecnologia e Saúde da Funed (Fundação Ezequiel Dias).

 Quais são as atribuições do seu trabalho?
Minha atribuição é coordenar pesquisas na área de virologia (área da microbiologia que se dedica ao estudo dos vírus) e parasitologia (especialidade da biologia que estuda os parasitas, os seus hospedeiros e relações entre eles.

Qual a sua área de atuação e porque essa área?

Então, a minha área de atuação é em Parasitologia e Virologia. Eu comecei na iniciação científica, lá em Ouro Preto, na UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto), onde eu fiz o curso de farmácia, depois mestrado e doutorado em Ciências Biológicas, na área de imunobiologia de Protozoários. Na UFOP eu realizava pesquisas relacionadas ao tratamento da doença de Chagas (infecção transmitida pelo barbeiro e causada pelo parasita chamado Trypanosoma cruzi). Após passar no concurso da Funed, eu fiz vários treinamentos na área de virologia, passando a desenvolver pesquisas também nesta área.

Para você como está o mundo da Ciência hoje?

O desenvolvimento científico avançou muito nas últimas décadas. Entretanto, o Brasil precisa de mais investimentos nesta área. Nosso país tem um potencial biotecnológico gigantesco, com uma fauna e flora muito rica. Mas ainda precisamos de mais investimentos do governo para as pesquisas.

Em o que a sua profissão influencia na sociedade?

A minha profissão de pesquisador visa o desenvolvimento ou descoberta de novos diagnósticos, princípios ativos e tratamentos para doenças infecciosas causadas por parasitas como, por exemplo, a doença de Chagas, assim como doenças causadas por vírus como a Dengue e Febre Amarela, as quais ainda não existe um tratamento eficaz. Assim, a minha profissão influencia a saúde da sociedade. Toda a minha pesquisa é voltada para a missão da Funed de participar do fortalecimento do Sistema Único de Saúde, protegendo e promovendo a saúde.

Quais são as suas perspectivas para a Ciência, Tecnologia e Inovação na Funed ?

A Funed tem excelentes condições para o desenvolvimento biotecnológico, devido aos seus vários setores de diagnóstico, vigilância sanitária, indústria farmacêutica e pesquisa científica. Sendo assim, enxergo um futuro muito promissor para a Ciência, Tecnologia e Inovação e para a minha carreira nesta instituição, por encontrar aqui todos os requisitos necessários para o desenvolvimento de pesquisas de qualidade. Pretendo me capacitar continuamente, fazer pós-doutorado no exterior, enfim, a minha perspectiva é essa, especializar cada vez mais para fazer pesquisas de qualidade e disponibilizar novos diagnósticos e tratamentos para proteger a saúde da população.

Você gosta de trabalhar na Funed ?

Sim, adoro.

Quais experiências você teve nessa área ?

A primeira grande experiência de vida que passei na área da ciência, e à qual sou muito grato, foi ter sido admitido no concurso da Funed para trabalhar com pesquisa. Aqui fiz vários amigos, e conheci minha esposa, constituindo família! Além disso, foi aqui que eu me tornei pesquisador, por profissão, e pude me dedicar ao que eu sempre quis fazer, que é a pesquisa científica.

Quais são as principais linhas de pesquisa em que você trabalha ?

Como falei anteriormente, o tratamento da doença de Chagas foi a primeira linha de pesquisa na qual trabalhei. Atualmente, estou realizando pesquisas utilizando a nanotecnologia para o desenvolvimento de novos tratamentos, não só para a doença de Chagas, como também para outras doenças como as causadas por arbovírus (vírus como Dengue, Zika e Febre Amarela, os quais são transmitidos por artrópodes, como os mosquitos do gênero Aedes em especial). No caso da doença de Chagas, a nanotecnologia aplicada à minha pesquisa consiste na utilização de carreadores de fármaco em escalas nanométricas, capazes de liberar o medicamento no local do organismo onde ele precisa atuar, diminuindo assim os efeitos colaterais e melhorando a sua penetração nos locais infeccionados.  
Outra linha de pesquisa é o desenvolvimento de novos diagnósticos, como o diagnóstico molecular diferencial por PCR (reação em cadeia da polimerase) que consiste na amplificação do material genético do agente infeccioso presente no soro de um paciente, por exemplo, para então dizer qual doença o indivíduo tem e qual tratamento ele precisa fazer.

Então galera esta foi a publicação de hoje, mais uma entrevista para vocês, fiquem ligados no blog e nas redes sociais do Blog também.



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